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quinta-feira, 12 de setembro de 2019

 Biografia de Martha Medeiros -   


Martha Medeiros (1961) é uma escritora, jornalista e cronista brasileira. É colaboradora do jornal Zero Hora e da revista Época
Martha Medeiros (1961) nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no dia 20 de agosto de 1961. É filha de José Bernardo Barreto de Medeiros e Isabel Mattos de Medeiros. Estudou no colégio Nossa Senhora do Bom Conselho, em Porto Alegre. É formada em Comunicação Social. Casou-se com publicitário Luiz Telmo de Oliveira Ramos, com quem teve duas filhas.
Martha Medeiros fez carreira na área de publicidade e propaganda, trabalhando nessa profissão em diversas agências de propaganda, em setores de criação e de redação. Pulicou seus primeiros livros de poesia, “Strip Tease” (1985), “Meia Noite e um Quarto” (1987) e “Persona Non Grata” (1991).
Em 1993, foi morar no Chile e abandonou a carreira publicitária para se dedicar à poesia. Ficou naquele país por nove meses. Em seguida publicou: “De Cara Lavada” (1995), “Geração Bivolt” (1995), seu primeiro livro de crônicas, “Santiago do Chile” (1996), crônicas e dicas de viagem, “Topless” (1997) que ganhou o Prêmio Açorianos de Literatura, e “Trem Bala” (1997) que fez grande sucesso e foi adaptado para o teatro.
Como jornalista, Martha Medeiros escreve crônicas para o jornal Zero Hora, onde possui uma coluna no segundo caderno. Também colabora para a revista Época.
Entre outros trabalhos, publicou: “Divã”, (2002) romance que originou um filme e uma série de TV, estrelado pela atriz Lília Cabral, “Coisas da Vida” (2003), “Selma e Sinatra” (2005), “Tudo Que Eu Queria Te Dizer” (2007), “Doidas e Santas” (2008), “Fora de Mim” (2010), “Noite em Claro” (2012), “Um Lugar na Janela” (2012) e “A Graça da Coisa” (2013).


domingo, 9 de dezembro de 2018

2. BASES LEGAIS DA EDUCAÇÃO
 2.1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Artigo 205 – A Educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (CF. p.21)

2.2 LDBEN – LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL
A lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases de educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 ( nove ) anos para o ensino fundamental, com matricula obrigatória a partir dos 6 ( seis ) anos de idade, conforme Lei 11.274/06 que altera a redação dos Artigos. 29, 30, 32 e 87, visando garantir e oportunizar a classe menos favorecida, já que nem todas as crianças conseguem ingressar da Educação Infantil.
2.3 PNE – PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
A Lei nº 10.172, de 9 de Janeiro de 2001 do Plano Nacional de Educação – PNE que tem como uma de suas metas a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos, amplamente discutida pela Secretaria de Educação Básica SEB/MEC com as Secretarias Municipais e Estaduais de Educação a partir de 2003.
2.4 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 8.069
Art. 53 estabelece que a criança e o adolescente tenham direito a educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparando-o para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II- direito de ser respeitado por seus educadores.

2.5 DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
Artigo 10 – Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.
Artigo 20 – Todos homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta declaração sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição.
Artigo 26 – I – Todos homem tem direito a instrução. A instrução será gratuita, pelo menos no graus elementares e fundamentais. A instrução técnica – profissional será acessível a todos esses baseados no mérito.
II – A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelo direito do homem e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, tolerância e amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.
III – os pais tem prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.
IV – todas as crianças do mundo devem poder ir gratuitamente a escola; continuar seus estudos enquanto o desejem e aprender um oficio. Na escola, deverá aprender o que os farão pessoas felizes. A escola também deve ajudar cada um entender-se com seus semelhantes, a conhecer a respeitar sua maneira de viver, sua religião ou pais do qual procedem.

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Vicente Corrêa com base na legislação e apreciação do Conselho Estadual de Educação propõe uma Proposta Curricular que venha contemplar os anseios da sociedade e do processo educacional da rede municipal de ensino.

3 OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
  • Compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civil e social, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio as injustiças, respeitando o outro e exigindo para si mesmo respeito;
  • Posicionar-se de maneira critica responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o dialogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas;
  • Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identificar nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao país;
  • Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;
  • Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente;
  • Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania;
  • Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis com um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;
  • Utilizar as diferentes linguagens _ verbais, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal _ como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação;
  • Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos;
  • Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para si o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de analise critica, selecionando procedimento e verificando sua adequação.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

A grama do vizinho - Martha Medeiros



A GRAMA DO VIZINHO Martha Medeiros 

Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco.
Há no ar certo queixume sem razões muito claras.
Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem.
De onde vem isso? Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antônio Cícero, uma música que dizia: “Eu espero/ acontecimentos/ só que quando anoitece/ é festa no outro apartamento”.
Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.
As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente.
Só que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados.
Pra consumo externo, todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores.
“Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”.
Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta. Nesta era de exaltação de celebridades – reais e inventadas – fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes enquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé? Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.
As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.
Martha Medeiros

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

REDAÇÃO: 
PRINCIPAIS PASSOS -  RASCUNHO
Antes do rascunho, a primeira coisa a ser devidamente pensada e avaliada em sua mente é a proposta de redação. Você não pode ter preguiça de ler e entender a proposta, pois a produção de um bom texto pode depender exatamente disso.
Logo depois que a proposta for entendida, as ideias devem ser anotadas em forma de lista, assim que surgirem a respeito daquele assunto. Nessa fase do processo você não precisa pensar na relação que uma ideia tem com a outra. Apenas anote para não esquecer aquele ponto de vista sem antes pensar sobre ele.
Leia as anotações. Relacionando uma com a outra e excluindo aquelas que não atendem a um mesmo objetivo.
Determine começo meio e fim da sua redação, agrupando as ideias  que você acha que elas melhor se encaixam.
Produza a primeira versão do seu texto, transformando sua “lista de ideias” em parágrafos, lembrando sempre de obedecer às regras básicas de produção textual: paragrafação, pontuação, acentuação, sintaxe, coerência, coesão, etc.
Leia o texto produzido e verifique se ele está obedecendo à proposta de redação e se está conduzindo ao seu objetivo, já determinado anteriormente. 
Obs. nesta fase, dependendo da sua leitura crítica do texto, você correrá o risco de voltar ao ponto zero e começar novamente a redação. Caso isso aconteça reescreva-a tentando corrigir as falhas que você já notou.

Reescreva o texto (em definitivo) e revise-o. 

domingo, 25 de outubro de 2015

Exercício - Predicado.

1) Separe sujeito e predicado nas orações abaixo. Depois, circule os núcleos do predicado e marque (PN) para predicado nominal, (PV) para predicado verbal e (PVN) para predicado verbo-nominal.
(        ) Jonas chegou irritado.
(        ) O discurso foi emocionante.
(        ) Chove bastante em São Paulo.
(        ) O diretor aceitou o convite.
(        ) Tatiana é muito sorridente.
(        ) Os turistas chegaram cansados.
(        ) Aquela janela é de alumínio.
(        ) A última partida foi difícil.
(        ) Meus tios viajaram para Londres.
(        ) O ônibus saiu atrasado.
(        ) Lá em casa somos três.
(        ) Clarice e Claudete são gêmeas.
(        ) Eu adoro comprar sapatos.
(        ) Margarete escolheu seu vestido de casamento.
(        ) Anderson mora em Manaus.
(        ) A História é a mestra da vida.
(        ) Os preços dos imóveis estão altíssimos.
(        ) Amanheceu.
(        ) Minha irmã está na escola.

2) Circule os verbos de ligação e sublinhe os predicativos do sujeito:
     a) O vaso está quebrado.
     b) Antônio é meu amigo.
     c) Ela parece uma flor.
     d) A lua é minha inspiração.
     e) Depois do acidente, ele ficou transtornado.
     f) As crianças são muito barulhentas.

3) Assinale as frases com verbo de ligação.
     a)(  ) Marisa continuou o exercício.
     b)(  ) Marisa continuou calada.
     c)(   ) O cãozinho permaneceu doente.
     d)(  )  O cãozinho permaneceu dentro do canil.
     e)(   ) Os alunos estão satisfeitos.
     f)(  ) Os alunos estão no recreio.
     g)(  ) Nós ficamos aqui mesmo.
     h)(   ) Nós ficamos preocupados.

4) Circule o predicado das frases abaixo e marque nos parênteses (PN) para predicado nominal e (PV) para predicado verbal.
     a)(  ) Arrumei as roupas no armário.
     b)(  ) Os alunos visitaram o seminário.
     c)(  ) Alexandre continua tristonho.
     d)(  ) Ele parece um artista.
     e)(  ) Medo, morte e violência espalham-se pela cidade.
     f)(  ) Foram aceitas as novas exigências dos funcionários.
     g)(  ) Permanecia incerto o resultado.
     h)(  ) Eu preparei um ótimo churrasco.
     i)(  ) Sua cara estava horrível.
     j)(  ) O garoto adormeceu em poucos minutos.

5) Circule o predicativo do sujeito e informe a que classe gramatical ele pertence.
     a) Alguns pais ficaram assustados.
     b) A principal atração do parque é a montanha-russa.
     c) Minhas razões são duas.
     d) Ele permanece doente.

6) Transforme as frases conforme o modelo.
     Toninho ficou doente. (predicado nominal)
     Toninho adoeceu. (predicado verbal)
     a) A vida ficou cara.  .
     b) Este trabalho é cansativo.  
     c) A fonte ficou seca.  
     d) Suas gracinhas são irritantes.  
     e) Todos ficaram tristes.  .
     f) Com o calor, a banana ficou madura.  

7) Transforme as frases conforme o modelo.
     O céu escureceu. (predicado verbal)
     O céu ficou escuro. (predicado nominal)
     a) João emudeceu.  
     b) Todos alegraram-se.  
     c) A fruta apodreceu.  
     d) Suas mãos endureceram.  
     e) A mulher enlouqueceu.  
     f) Com a crise, ele empobreceu.  


Tipos de Predicado.
                    
          VERBO
O verbo é o elemento essencial do predicado, pois não há predicado sem verbo. Portanto, é necessário conhecer os tipos de verbos para poder identificar os tipos de predicado.
Os verbos podem ser:
·         Nocionais ou significativos – são aqueles que indicam ação, acontecimento ou fenômeno da natureza. Exemplos:
Os proprietários reformaram a casa. (AÇÃO)
Esse fato ocorreu no ano passado. (ACONTECIMENTO)
Choveu pela manhã. (FENÔMENO DA NATUREZA)
·         Não nocionais (mais conhecidos como verbos de ligação) – são aqueles que indicam estado ou mudança de estado. Por não indicarem ação, estes verbos apenas ligam o sujeito ao seu predicativo. Exemplos:

A rua está suja. (ESTADO)
A casa ficou limpa. (MUDANÇA DE ESTADO)
Os principais verbos de ligação são: ser, estar, ficar, permanecer, continuar, tornar-se, andar.
Apesar desses verbos geralmente serem classificados como verbos de ligação, só podemos classificá-los corretamente dentro de um contexto. Pois há verbos que podem ser de ligação em uma oração, e nocionais em outra. Veja:
Minha mãe anda muito nervosa. (neste caso é verbo de ligação, pois indica o estado do sujeito)
Minha mãe anda muito rápido. (neste caso é verbo nocional, pois indica ação; tem o mesmo sentido de caminhar)
O verbo de ligação vem acompanhado de predicativo.
Tipos de predicado.
Conforme já estudamos, existem três tipos de predicado:
·         Predicado verbal;
·         Predicado nominal;
·         Predicado verbo-nominal.

O que diferencia um tipo de predicado do outro?
Tudo depende do núcleo, ou seja, da palavra (ou expressão) que trouxer a informação básica sobre o sujeito.
Predicado nominal (PN): É aquele que informa um estado do sujeito. Nesse predicado o verbo é de ligação. O núcleo do predicado nominal é a característica do sujeito contida no predicado.
Observe a oração:
O urso polar / permanece solitário.
   sujeito                predicado
Observe que, nessa oração, o elemento principal ou núcleo do predicado é o adjetivo solitário. É ele que dá a informação básica a respeito do sujeito. O predicado, nesse caso, indica uma qualidade ou estado do sujeito. Quando isso ocorre, o predicado é classificado como NOMINAL.
No predicado nominal, o verbo é de ligação (ele apenas liga o sujeito ao seu predicativo, não indica nenhuma ação) e o termo que traz uma característica para o sujeito é oPredicativo do sujeito.
Então temos:          permanece                     solitário
                    Verbo de ligação (VL)         Predicativo do sujeito
Veja outros exemplos:
A casa  /   ficou    branquinha.
Sujeito      VL        Predicativo do sujeito
O verão    /     foi          curto.
Sujeito           VL        Predicativo do sujeito
O cachorrinho /    parecia        um bicho de pelúcia.
Sujeito                     VL           Predicativo do sujeito
Importante:
O predicativo do sujeito pode ser representado por um adjetivo, locução adjetiva, substantivo, palavra substantivada, pronome substantivo ou numeral.
Exs.:
O seu gesto foi delicado. (adjetivo)
A comida está sem sabor. (locução adjetiva)
A lua parece uma bola. (substantivo)
Amar é viver. (palavra substantivada)’
Meu carro não é esse. (pronome substantivo)
Nós somos cinco em casa. (numeral)
Concluindo:
 O predicado nominal só ocorre quando houver duas coisas: verbo de ligação + predicativo do sujeito.
Predicado Verbal (PV): é aquele que informa uma ação. O núcleo do predicado verbal é o próprio verbo.
Observe a oração:
Meu vizinho  /  construiu uma linda casa.
     sujeito                predicado
Veja que, nesse caso, temos um verbo nocional, ou seja, ele indica uma ação, e é ele que traz a informação básica a respeito do sujeito. Note que a ação de construir é a informação que se tem sobre o sujeito, portanto o núcleo de predicado é o verbo.
Quando isso ocorre, o predicado é classificado como VERBAL.
Outro exemplo:
O ser humano   /    destrói                 o planeta.
 Sujeito                 verbo nocional
Observe que o termo que vem após o verbo, não traz nenhuma informação a respeito do sujeito, ele apenas complementa o verbo, portanto não pode ser classificado comoPredicativo do sujeito.
Concluindo:
O predicado verbal apresenta as seguintes características:
a) Tem um verbo como núcleo;
b) Não possui predicativo do sujeito;
c) O verbo indica ação.
Predicado Verbo-nominal (PVN): é aquele que expressa uma dupla informação sobre o sujeito: ação e estado. Por fornecer duas informações, é constituído por dois núcleos: um verbo e um nome (predicativo).
Observe a oração:
Os amigos /   conversavam animados.
   sujeito                 predicado

A oração acima apresenta em seu predicado um verbo nocional, ou seja, um verbo que indica ação. Isso poderia nos levar a classificar este predicado como verbal. Mas se olharmos mais atentamente, vamos perceber que após este verbo, aparece um predicativo do sujeito: animados. E já sabemos que no predicado verbal, não há predicativo.
Também não poderia ser um predicado nominal, porque não há verbo de ligação.
Observe que este predicado possui dois elementos que trazem informações sobre o sujeito:
·         Um verbo que indica ação;
·         Um predicativo do sujeito.
Este predicado possui então dois núcleos: um verbo e um nome. Trata-se do PREDICADO VERBO-NOMINAL.  Outros exemplos:
A criança brincava feliz.
O dia amanhecia gelado.
Concluindo:
O Predicado verbo-nominal nos dá duas informações sobre o sujeito: ação e estado.
Possui um núcleo verbal e um núcleo nominal.

Importante:
Há predicados verbo-nominais em que o predicativo não se refere ao sujeito, mas ao objeto.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Curiosidades sobre Machado de Assis

Machado de Assis é, sem dúvida, o maior escritor que o Brasil já teve. Sua obra é vasta, abrangendo crônicas, poemas e romances. Personagens mais famosos? Brás Cubas, Quincas Borba, Bentinho e Capitu. Livros mais vendidos? Difícil citar um, mas eu destacaria o imperdível (e subliminarmente irônico) Memórias Póstumas de Brás Cubas e o intrigante Dom Casmurro.
Nas próximas linhas, você terá acesso a algumas curiosidades sobre Machado de Assis, sua vida e sua obra.

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, na cidade do Rio de Janeiro. O futuro escritor foi batizado na mesma igreja onde seus pais casaram.

O pai de Machado de Assis era um descendente de escravos que trabalhava como pintor de paredes. A mãe, portuguesa de Açores, faleceu quando Machado tinha 10 anos. Sua única irmã morreu vítima de sarampo com sete anos de idade. 

Segundo seus biógrafos, Machado não teve educação formal. Para ajudar a família, trabalhou como engraxate e como vendedor de balas e doces. 

O escritor era influente em francês, língua que aprendeu com um padeiro. O alemão e o inglês Machado aprendeu estudando sozinho.

A caligrafia do escritor era tão ruim que, às vezes, até ele tinha dificuldade de entender o que escrevia.

Machado de Assis tinha epilepsia. Além disso, o autor de Iáiá Garcia e Dom Casmurro, entre outras obras, era gago.

Aos 17 anos, Machado passou a trabalhar na Tipografia Nacional onde, ao ser flagrado lendo escondido, quase foi demitido.

O primeiro poema de Machado de Assis chama-se Ela, e foi publicado em 1855 na revista Marmota Fluminense. Na época, o jovem Machado contava 15 anos.

O primeiro conto publicado em uma revista saiu em 1858, quando Machado tinha 19 anos. O conto se chamava Três Tesouros Perdidos e foi publicado em uma revista literária chamada Marmota Fluminense. 

O primeiro livro publicado por Machado de Assis foi Crisálidas, de poemas. Na época, Machado contava 35 anos de idade. O primeiro livro de contos – cujo título era Contos Fluminenses -, saiu no ano seguinte.

Carolina Machado, a esposa do escritor, era quatro anos mais velha que ele. O casamento só terminou depois de 35 anos, com a morte de Carolina. Dizem que era ela quem revisava os textos de Machado. 

Como era comum na época, Memórias Póstumas de Brás Cubas foi publicado em folhetins e só mais tarde lançado em livro. 

Ao longo de sua carreira, Machado de Assis usou 21 pseudônimos. Na revista A Semana Ilustrada, usava o pseudônimo de Dr. Semana. 

A obra de Machado de Assis tendia, no início para o Romantismo (como no caso de Helena). Mais tarde, ele abraçou o Realismo (como em Dom Casmurro).

Os principais romances de Machado de Assis são: Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Helena, Quincas Borba, Esaú e Jacó, Memorial de Aires, Iaiá Garcia e A Mão e a Luva.

O jogo predileto de Machado de Assis era o xadrez. Ele participou do primeiro campeonato de xadrez disputado no Brasil. As peças usadas pelo escritor estão até hoje em exposição da ABL – Academia Brasileira de Letras.

A Academia Brasileira de Letras teve Machado de Assis como um de seus fundadores. Ao invés de ocupar a cadeira número 1, ele ficou com a 23. O patrono da cadeira número 1 foi o escritor cearense José de Alencar. 

Machado era amigo de Mário de Alencar, filho do escritor cearense José de Alencar.

Machado escreveu em vários jornais e revistas de sua época, entre os quais A Semana Ilustrada, Diário do Rio de Janeiro, Jornal das Famílias, Revista da Semana, Correio Mercantil e O Espelho.

Apesar de ser conhecido apenas como romancista e cronista, Machado era poeta e dramaturgo, chegando a escrever nove peças de teatro entre 1860 e 1906.

No total, ele escreveu sete livros de contos, cinco de poesia, nove de teatro e nove romances. 

Em 1878, o escritor foi obrigado a passar uma temporada na cidade de Nova Friburgo para se tratar de uma infecção nos olhos.

Segundo alguns biógrafos, as últimas palavras de Machado de Assis antes de morrer foram: “A vida é boa”. 

O discurso da cerimônia fúnebre de Machado de Assis foi feito por Rui Barbosa.

Machado foi sepultado no cemitério São João Batista em 1908, mas seus restos mortais foram transferidos para a sede da Academia Brasileira de Letras em 1999.