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terça-feira, 18 de março de 2014

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

Conjunções Coordenativas
Estabelecem uma coordenação entre duas palavras, locuções ou orações de mesmo valor: 
André e Filipe correm. (duas palavras) 
A maior parte dos homens ou a maior parte das mulheres. (duas locuções) 
Os alunos eficientes leem e escrevem muito. (duas orações) 
Podemos esquematizar assim as conjunções coordenativas.

ESPÉCIES DE CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

ADITIVA: Estabelecem coordenação e exprimem ... adição e correlação: e, nem, nem ... nem, não só ... mas também, etc.
Exemplos:
Não só leio mas também escrevo.
Correu e lutou bastante.

ADVERSATIVAS: contraste e compensação: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, senão, etc.
Exemplos:
Saiu, mas não foi ao banco.
Ele lê bastante, todavia não se concentra.

ALTERNATIVAS:Alternância e correlação: ou, ou ... ou, ora ... ora, já ... já, quer ... quer, seja ... seja, umas vezes, etc.
Exemplos:
Ou sai você ou (saio) eu.
Quer leia, quer escreva, está sempre aprimorando sua linguagem.

CONCLUSIVAS: Conclusão, consequência: logo, pois, portanto, por isso, por isto, por conseguinte, assim, etc.
Exemplos:
Ele estudou, por conseguinte terá um futuro bem-sucedido.
Não previu nada, por isso esqueceu a mala.

EXPLICATIVAS: Explicação e esclarecimentos: que, porque, porquanto, etc. (Se que e porque tiverem valor subordinativo, passam a ser conjunções causais

A crise na adolescência

A crise na adolescência

Enquanto os meninos procuram estabelecer relacionamentos sem compromisso, por meio do rápido ficar, as meninas procuram uma afetividade mais profunda com o namoro.
A crise é vivenciada pelas meninas que utilizam o ficar para conhecer melhor os meninos e chegam a um namoro com aqueles que forem mais interessantes.
Para clarificar o significado de ficar ou namorar, procurei mostrar nas vozes de nossos atores, alunos da 1ª. Série do Ensino Médio, extraídas de redações feitas sobre o tema, como esses jovens estão articulando sua sexualidade.
[…]
Para estes adolescentes, o ficar é uma forma de relacionamento importante e necessária, que antecede o namoro. Ficar é o tempo de experimentar, de buscar, de procurar, como exemplificam alguns depoimentos.
“Acho interessante ficar porque você sai geralmente com a turma, e se acontecer de encontrar alguém interessante, conhece, e se gostar fica.
… Nos dias de hoje é quase impossível, entre os adolescente, a pessoa namorar, sem ter antes ficado sem compromisso e cobranças.”
***
“Desde o momento em que você começa a ficar com as pessoas, conhecidas ou não, você está experimentando, querendo achar a pessoa certa. Ultimamente é difícil você começar a namorar sem já ter ficado com a pessoa, essas duas coisas estão intimamente ligadas…”
***
“Eu acho que a primeira intenção tem que ser de só ficar, aí você conhece a menina e vê se ela faz seu tipo, vendo assim se pode haver oportunidade de acontecer outra vez.
Eu prefiro ficar, pois é uma coisa passageira e descompromissada, e na maioria das vezes você só fica com a pessoa pela sua beleza externa, nem mesmo sabendo seu nome, sua idade, seu pensamento.”
Em contrapartida, o namoro é uma relação que implica na aceitação do outro, em que pode existir cobranças, em que há respeito e principalmente o amor:
“Particularmente eu prefiro namorar. Pois quando gostamos muito de uma pessoa e estamos junto dela tenda um compromisso mais sério, a gente aproveita tanto quanto as outras pessoas essa fase maravilhosa da vida.”
***
“Eu prefiro o namoro, pois gosto de algum compromisso. Também, há uma certa fidelidade com a amada. No namoro o desejo é humano e a essência do amor é sentida com melhor saber.”
TRÍPOLI, Suzana Guimarães. A arte de viver do adolescente. São Paulo: Arte & Ciência, 1998. p. 98-9.

Como escrever o primeiro parágrafo de um texto

Como escrever o primeiro parágrafo de um texto

Veja como atrair a atenção do leitor já na introdução de seu texto. Confira a seguir dicas como escrever o primeiro parágrafo de um texto

O primeiro parágrafo de um texto deve ser escrito da maneira mais simples possível. É ele quem vai atrair a atenção do leitor e despertar sua curiosidade para a leitura do texto. O importante é passar o máximo de informações possíveis para que o leitor saiba qual é o assunto principal do texto somente com a leitura das primeiras frases.

O uso de citações, anedotas e até mesmo fatos curiosos pode ser uma boa saída para textos que não são tão técnicos e não possuem tanta informação crucial para ser colocada logo na introdução.

Tome cuidado também para não escrever algo distinto do restante do texto. Após finalizar seu trabalho, procure ler novamente o parágrafo para ver se ele ainda faz sentido.

Veja a seguir alguns exemplos de parágrafos introdutórios que chamam a atenção do leitor por diversos motivos:

Citações:
Hillary Clinton uma vez afirmou “Não é possível haver democracia de verdade sem que a voz das mulheres seja escutada”. Em 2006, quando Nancy Pelosi se tornou a primeira mulher a ocupar a cadeira de Presidente da Câmara nos Estados Unidos, a voz das mulheres pôde realmente ser ouvida.

Curiosidade:
Você sabia que o grasnar dos patos não ecoa? A descoberta foi feita recentemente por um grupo de pesquisadores americanos. O fato vem chamando a atenção de pesquisadores do mundo todo que tentam encontrar uma explicação para o ocorrido.

Definição:
O relacionamento é a forma em que as pessoas se tratam e se comunicam. Quando um indivíduo se sente confortável e feliz ao se comunicar com uma pessoa, diz-se que o relacionamento entre os dois é bom.

Anedota:
Hoje de manhã deixei minha irmã ir para a escola com uma grande marca de pasta de dente no queixo. Fui sacana e só a avisei quando ela estava entrando na van.



Fonte: Universia Brasil

Pré- Modernismo III

Pré- Modernismo III
O Pré-Modernismo acontece anos antes da Semana da Arte Moderna, em 1922, e é o período de transição entre as tendências do final do Simbolismo ou Parnasianismo, século XIX, e o Modernismo.
Neste período, alguns anos após a abolição da escravatura, muitos imigrantes, em sua maioria italianos, vêm ao Brasil substituir a mão-de-obra rural e escrava.
A urbanização de São Paulo faz surgir uma nova classe social: a operária, ao mesmo tempo em que os ex escravos são marginalizados nos centros urbanos.
Os estados brasileiros passam por transformações na economia: a ascensão do café no Sul e Sudeste, e o declínio da cana-de-açúcar no Nordeste.
O governo republicano não garantia esperanças e não promovia as tão esperadas mudanças sociais, pelo contrário, a sociedade se encontrava dividida entre a elite detentora de dinheiro, respeito e poder das oligarquias rurais e a classe trabalhadora rural, bem como dos marginalizados nos centros urbanos.
A desigualdade social culminou em diversos movimentos sociais pelo Brasil, como a Revolta de Canudos, ocorrida no final do século XIX no sertão da Bahia, sob liderança de Antônio Conselheiro, dentre outros movimentos de protesto às condições de vida no Nordeste. Além disso, ocorreu também os movimentos protestantes no meio urbano, como a Revolta da Chibata, em 1910, contra o maltrato da Marinha à corporação e também as greves de operários.
Já no começo do século XX começa a surgir os primeiros indícios da crise cafeeira com a superprodução de café, a chamada crise da “República Café-com-Leite”.
É em meio a este quadro na sociedade brasileira que começa no Brasil uma nova produção literária, intitulada de Pré-Modernismo pelo crítico literário Tristão de Ataíde. Trata-se das obras literárias de um grupo de escritores que propunham as mesmas temáticas e formas, as que seriam enquadradas no futuro movimento literário: o Modernismo. Destaca-se neste período a obra Os sertões, de Euclides da Cunha e Canaã de Graça Aranha. Contudo, o Pré-Modernismo não é tido como uma “escola literária”, pois apresenta características individuais muito marcantes.
No entanto, há características comuns às obras desse período: a ruptura com a linguagem pomposa parnasiana; a exposição da realidade social brasileira; o regionalismo; a marginalidade exposta nas personagens e associação aos fatos políticos, econômicos e sociais.
Os principais autores pré-modernistas são: Euclides da Cunha, Augusto dos Anjos, Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato.
O pré-modernismo foi um movimento literário brasileiro que marca a passagem entre o simbolismo e o e movimento modernista. Já, em Portugal, o movimento é voltado para o saudosismo.
Segundo Joaquim Francisco Coelho, a palavra denominada “pré-modernismo” foi criado por Tristão Athayde, e quer significa “escritores contemporâneos do neo-parnasianismo, entre 1910 e 1920″
As duas principais características desse movimento são:
·             conservadorismo – que cultivavam os valores naturalistas;
·             renovação – falavam sobre a realidade brasileira e as tensões vividas pela sociedade do período5os dilemas vividos pela sociedade na época.
Além das características citadas acima, o pré-modernismo outras características muito importantes e fáceis de serem identificadas no movimento.
Ruptura com o passado- Os autores adotaram inovações que feriam o academicismo.
Regionalismo - A realidade rural brasileira é exposta sem os traços idealizadores do Romantismo. A miséria do homem do campo é apresentada de forma chocante.
Literatura-denúncia - Os livros são escritos em tom de denúncia da realidade brasileira. O Brasil oficial (cidades da Região Sul, belezas do litoral, aspectos positivos da civilização urbana) é substituído por um Brasil não-oficial (sertão nordestino, caboclos interioranos, realidade dos subúrbios).
Contemporaneidade - A literatura retrata fatos políticos, situação econômica e social contemporâneos, diminuindo a distância entre realidade e ficção. Vejamos obras e autores que exemplificam isso:
a) Triste fim de Policarpo Quaresma, de LIma Barreto – Retrata o governo de Floriano Peixoto e a Revolta da Armada.
b) Os Sertões, de Euclides da Cunha – Faz um relato da Guerra de Canudos, mostrando-a como uma das primeiras manifestações pela terra no Brasil.
c) Cidades Mortas, de Monteiro Lobato – Mostra a passagem do café pelo Vale do Paraíba paulista.
d) Canaã, de Graça Aranha – Exibe um documento sobre a imigração alemã no Espírito Santo.
ASPECTOS GERAIS 
a) Duração no Brasil – 1881 a 1893. 
b) Obra inauguradora do Realismo – Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), de Machado de Assis. 
c) Obras inauguradoras do Naturalismo – O Coronel Sangrado (1877), de Inglês de Sousa e O Mulato (1881), de Aluísio Azevedo. 
d) Mistura – Realismo e Naturalismo misturam-se na literatura brasileira. Não há coincidência apenas de datas; os temas, derivados da filosofia de Tobias Barreto, são comuns às obras dos dois períodos. 
e) Guerra ao Romantismo – Realismo e Naturalismo declaram guerra ao Romantismo.
EUCLIDES DA CUNHA (Cantagalo, RJ, 1866 – Rio de Janeiro, 1909). 
NASCIMENTO E MORTE – Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha nasce em 20 de janeiro de 1866, na Fazenda Saudade, Cantagalo, Rio de Janeiro. Falece no Rio de Janeiro, em 15 de agosto de 1909.
INFÂNCIA – Com a morte da mãe, Euclides passa a viver com as tias. Em São Fidélis (RJ), aos dez anos de idade, inicia os primeiros estudos. Ele permanece lá até 1879, quando completa 14 anos de idade.
PRIMEIROS ESCRITOS – Euclides publica no Colégio Aquino os primeiros artigos no jornal O Democrata, fundado por ele e seus colegas.
ESCOLA MILITAR – Em 20 de fevereiro, aos 21 anos de idade, Euclides assenta praça na Escola Militar da Praia Vermelha, sendo aluno de Benjamin Constant, conhecido positivista.
CASAMENTO – Aos 25 anos de idade, Euclides matricula-se na Escola Superior de Guerra, atingindo o posto de segundo-tenente em abril. Em 10 de setembro, casa-se com Anna Emília, a “Saninha”, como a chamavam.
ESTRÉIA – Em 1902, publica Os Sertões, sucesso imediato de público e de crítica.
IMPACTO – A publicação de Os Sertões é um marco na vida mental do Brasil. Livro único, sem igual em outras literaturas, consegue misturar o ensaio, os fatos da História, as ciências naturais, a epopeia, o lirismo, o drama, mostrando a definitiva conquista da consciência de brasilidade pela vida intelectual do País.
RECONHECIMENTO IMEDIATO – A importância literária e científica de Os Sertões é reconhecida logo de início, e o autor passa a ser tratado como gênio pela crítica especializada.
ABL – Em 1903, é eleito para a Academia Brasileira de Letras.
MORTE TRÁGICA – Em 1909, Euclides é assassinado, aos 43 anos, por Dilermano de Assis, amante de Saninha, numa estação de trem.
OBRAS
1. Os Sertões (romance, 1902)
2. Contrastes e Confrontos (1904)
3. Peru versus Bolívia (1907)
 oratória política e a história – Rui e Nabuco
Rui Barbosa (BA, 1849 – Petrópolis, RJ, 1923). 
a) Vida. 
Estudou direito em Recife e em São Paulo, se dedicou ao jornalismo e também à política, associou-se com outros escritores e acabou com eles formando a geração de setenta. Se tornou Ministro da Fazenda e usou isso para colocar em prática uma política financeira que acabou levando a uma séria crise econômica. Se tornou embaixador do Brasil, foi eleito Juiz da Corte Permanente de Justiça Internacional. 
b) Obra: 
• O Papa e o Concílio.
• Cartas da Inglaterra.
• Réplica às defesas da Redação do Projeto do Código Cívil.
• Saudação a Anatole France.
• Discurso sobre Oswaldo Cruz,
• Elogio de Castro Alves.
• Oração aos moços (1920).
• A queda do Império.
• Cartas Políticas Literárias. 
Joaquim Nabuco (recife, PE, 1849 – Washington, EUA, 1910). 
a) Vida. 
Nascido no dia 19 de agosto de 1849, Joaquim Aurélio Barreto de Araujo, teve várias funções durante sua vida, foi político, diplomata, historiador, jurista e jornalista brasileiro. Joaquim Nabuco foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. 
Com vinte anos, começou a se interessar por Camões e Castro Alves, onde na Faculdade de Direito de São Paulo, foi seu contemporâneo. 
b) Obra:  • Camões e os Lusíadas.
• O Abolicionismo,
• Balmaceda,
• Um estadista no Império,
• Minha Formação,
• Discursos Parlamentares,
• Escritos e Discursos Literários,
• Amour et Dieu (Versos em Francês).
Pré-Modernismo
1. ASPECTOS GERAIS
CRONOLOGIA – Cronologicamente, o Pré-Modernismo durou no Brasil de 1902 a 1922.
INÍCIO NO BRASIL – As primeiras obras do Pré-Modernismo foram:
a) Os Sertões (romance, 1902), de Euclides da Cunha.
b) Canaã (romance, 1902), de Graça Aranha.
NOME – O que se convencionou chamar de Pré-Modernismo não foi propriamente uma escola literária. Não houve manifesto em jornais nem grupo de autores em torno de uma proposta una ou de um ideário. O nome, com o tempo, passou a designar a produção literária do Brasil nas duas primeiras décadas do século XX.
PERÍODO ECLÉTICO – Depois do Realismo-Naturalismo-Parnasianismo, o Brasil viveu um período eclético. As diversas tendências literárias misturaram-se. Os movimentos não se sucederam, eles passaram a coexistir.
TENDÊNCIAS – Duas tendências básicas podem ser notadas entre os autores da época:
a) Conservadora – Percebida na produção poética de Olavo Bilac (e de todos os outros parnasianos) e de Cruz e Sousa, representante da estética simbolista. A poesia é elaborada dentro dos moldes de perfeição, obediente a normas e presa a temas alheios à realidade brasileira.
b) Inovadora – Presente nas obras de Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato, Afonso Arinos. As várias realidades do Brasil são expostas, e o leitor começa a perceber que vive em um país de contrastes. A linguagem pomposa e artificial começa a perder terreno para uma expressão mais simples, fiel à fala cotidiana. Nesse aspecto, Lima Barreto é o legítimo representante das classes iletradas.
2. CARACTERÍSTICAS DO PRÉ-MODERNISMO
RUPTURA COM O PASSADO – Os autores adotaram inovações que feriam o academicismo.
REGIONALISMO – A realidade rural brasileira é exposta sem os traços idealizadores do Romantismo. A miséria do homem do campo é apresentada de forma chocante.
LITERATURA-DENÚNCIA – Os livros são escritos em tom de denúncia da realidade brasileira. O Brasil oficial (cidades da Região Sul, belezas do litoral, aspectos positivos da civilização urbana) é substituído por um Brasil não-oficial (sertão nordestino, caboclos interioranos, realidade dos subúrbios).
Graça Aranha (São Luís, Maranhão, 1868 – Rio de Janeiro, 1931). 
Vida. 
Nasceu no dia 21 de Junho de 1868 e morreu no Rio de Janeiro em 1931; José Pereira da Graça Aranha, foi escritor e um diplomata brasileiro. Cursou Direito na Faculdade do Recife, ocupou alguns cargos na diplomacia brasileira e em alguns países europeus, acompanhou alguns movimentos pós-simbolistas que surgiam na Europa e tentou introduzir esse estilo no Brasil. Em 1922 participou da semana de arte moderna. A obra que marcou o pré-modernismo foi Canaã juntamente com a obra, Os Sertões, de Euclides da Cunha. 
Obra: 
• Canaã (1902); • Malazarte (1911);  • A Estética da Vida (1921);  • A Viagem Maravilhosa (1930).


Pré-modernismo II

Pré-modernismo II
Pré-modernismo não é um movimento literário, é apenas o nome dado aos primeiros 20 anos do século XX, durante os quais percebemos em alguns escritores certas antecipações da visão crítica da realidade brasileira influenciados por movimentos europeus que, mais tarde, o Modernismo iria desenvolver plenamente.
Esses homens escreviam para fazer o leitor refletir sobre problemas que atingiam profundamente a sociedade brasileira, rejeitando a ideia dominante de que a literatura era apenas uma forma de entretenimento das elites.
Contexto histórico
Na República Velha, a divisão entre as classes sociais permanece muito nítida: de um lado a classe dominante representada pelos cafeicultores e pecuaristas em São Paulo e Minas Gerais como centros de decisão(dessa dominação político-econômica resulta a política do café-com-leite), também a burguesia industrial nascente em São Paulo e Rio de Janeiro; de outro lado, o imigrante europeu vindo para substituir a mão-de-obra escrava, a marginalização do negro, que tinha sido recém libertado, e o aparecimento do proletariado. Foram as tensões entre esses dois pólos que produziram os conflitos: a) fanatismo religioso, centrado na figura do lendário Padre Cícero; b) fenômeno do cangaço em todo o Nordeste; c) guerra de Canudos; d) revolta contra a vacina obrigatória - na verdade, apenas um pretexto do povo contra a opressão; e) revolta da Chibata; f) greves operárias. Nesse contexto histórico-cultural surgiu uma literatura de transição que cobre as duas décadas do século XX no Brasil. Essa literatura antecipa algumas características do Modernismo. Esse período literário denominado Pré-modernismo apresenta duas facetas: 1. traço conservador - representado pela permanência de elementos naturalistas e parnasianos; 2. traço renovador - representado pelo interesse em relação à realidade brasileira, revelando as tensões de nossa sociedade da época.
Manifestações artísticas
Foi nesse contexto que a música popular brasileira - maxixe, toada, modinha e serenata - começou a ganhar os salões sisudos onde, até então, só entravam a polca e a valsa. Essa aceitação da música popular por parte da elite deu-se a partir do momento em que compositores "sérios" começam a se interessar pelos ritmos considerados populares. O carnaval começa a se firmar como a principal festa popular do Rio de Janeiro. Em 1901, Chiquinha Gonzaga divulga a célebre marcha "Oh, abre alas" e, em 1907, surge a primeira sociedade carnavalesca no Rio. Data deste período, ainda, o nascimento do samba. A música de carnaval vai incorporar a sátira política como tema, utilizando-a com um caráter bastante irreverente. A pintura ainda seguia os moldes acadêmicos. Em 1913 o pintor russo Lasar Segall faz uma exposição de sua obra, apresentando novos temas e processos. Sua exposição passou despercebida. Em 1917 a pintora Anita Malfatti promove uma exposição que causa escândalo. O crítico de arte na época, Monteiro Lobato, publicou no jornal O Estado de S. Paulo um artigo chamado "Paranoia ou Mistificação?" opondo-se às mudanças. Estava lançada a polêmica que iria gerar a Semana de Arte Moderna de 1922.
Obras mais importantes da época:
  • Os sertões, de Euclides da Cunha - narra a guerra de Canudos;
  • Canaã, de Graça Aranha - mostra a problemática do imigrante europeu;
  • Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto - trata do extremo senso patriótico;
  • Recordações do escrivão Isaías Caminha, de Lima Barreto - testemunha as mazelas da sociedade da época;
  • Urupês, de Monteiro Lobato - contos que procuram mostrar a situação do caboclo;
  • Cidades mortas, de Monteiro Lobato - contos sobre as dificuldades numa zona de economia decadente;
  • Lendas do sul, de Simões Lopes Neto - resgata as lendas populares da região sul.


Pré- Modernismo-I

Pré- Modernismo-I 
·         O pré-Modernismo não é considerado uma escola literária, porque é somente o período (1902-1922) antes do Modernismo de fato e no qual alguns escritores não adaptados inteiramente às propostas da modernidade, escreveram.
·         Seu contexto histórico é marcado por manifestações sociais e regionais como A guerra de Canudos, o cangaço, a crise de misticismo nordestino, a Revolta contra a vacina, a Guerra do Contestado, o Ciclo da Borracha, a Revolta da Chibata, greves operárias e a República o Café com Leite.
·         Delimitação: Teve início em 1902 com o lançamento dos livros Canaã Os Sertões e termina com a semana da Arte Moderna em 1922.
·         O Pré-Modernismo tem genericamente temas sociais, pois dispõe de uma faceta revolucionária, que capta as dificuldades do homem moderno, da realidade brasileira e reflete novos tipos como a República e os problemas gerados pela abolição da escravatura.
·         Existem quatro prosadores principais Pré-Modernistas brasileiros que fixaram suas obras em determinadas regiões do Brasil, retratando temas específicos e usando de tipos humanos bem característicos. São eles:
1.    Euclides da Cunha: retratou a região Nordeste, com o tema sobre a miséria do nordestino e a submissão religiosa. Tipo humano: nordestino.
2.    Graça Aranha: usou a região do Espírito Santo , e o tema foi adaptação dos imigrantes europeus (alemães principalmente) ao Brasil. Tipo humano: imigrantes.
3.    Lima Barreto: retratou a Periferia do Rio de Janeiro, fazendo uma crítica ao preconceito racial. Tipo Humano: Negros.
4.    Monteiro Lobato: Região de SP- Vale do paraíba. Fez uma crítica política relacionada com a agricultura e sobre o descaso do governo com a população. Tipo Humano: caboclo/lavrador.
·         Os Sertões, obra de Euclides da Cunha, pode ser dividido em três partes, são elas:
1.    A Terra: Nesta parte, o escritor traça um detalhado perfil das condições geográficas brasileiras e faz uma análise crítica das mais variadas regiões do país, inclusive do Nordeste.
2.    O homem: É uma descrição física, emocional e social sobre o Sertão.
3.    A luta: o plano de fundo é a Guerra de Canudos, mas a verdadeira ‘’luta’’ é pela sobrevivência, é o Homem X a Terra
determinismo pode ser observado na Obra quando os três fatores que explicam o comportamento no Sertão estão juntos: a ‘’raça’’ (o sertanejo/o nordestino), o ‘’meio’’ (o sertão, a região de Canudos, interior da BA), e o momento histórico (a sobrevivência, A guerra de Canudos).
Antônio Conselheiro (Antônio Maciel, beatinho), personagem principal da Guerra de Canudos, era um líder religioso messiânico, que agrega os sertanejos no arraial de Canudos, dá casa e comida aos mesmos, e prega contra a República pois é Monarquista.
A Guerra de Canudos (1895-1897) foi entre Antônio Conselheiro e os Sertanejos e a Igreja e o Governo (república).
- Essa Obra não é considerada de valor literário pois é um tratado sociológico, já que estuda o homem dentro de uma sociedade, no caso, ‘’seca’’.
·         Monteiro Lobato além de produzir histórias infantis, também escreveu literatura adulta.
1.    Jeca Tatu = personagem de histórias de Monteiro Lobato, representa o típico lavrador, ignorante, analfabeto, desmotivado, preguiçoso. É uma crítica do autor ao descaso do governo com a população das ‘’cidades mortas’’.
2.    As duas principais obras de Monteiro são: - Urupês : Referência a praga que ataca os pés de café, destrói toda a lavoura, deixando a classe lavradora sem trabalho. – Cidades Mortas: Contos que traduzem a situação de abandono e miséria da população do campo. (material, social e intelectual).
3.    Um frase célebre e ‘’atemporal’’ do autor é: ‘’Um país se faz com homens e livros’’.
·         O Pré-modernismo teve início com a obra Canaã de Graça Aranha, e o título da obra pode ser justificado de forma que Canaã é a terra prometida aos judeus, fazendo uma referencia bíblica, Graça Aranha mostra o Brasil como a Canaã dos imigrantes alemães que vêm para cá em busca de trabalho e vida digna, fugindo da miséria europeia da época. Na obra, existem dois personagens principais, são eles:
 1- Milkau: imigrante alemão que vem ao Brasil para ser feliz, disposto a dividir, ensinar e aprender.
2- Lentz: imigrante alemão também, que acredita na superioridade branca e vem ao Brasil para ‘’se fazer Senhor em um país de mestiços’’.
·         Lima Barreto é provavelmente o escritor mais polêmico desse período pré-modernista, e entre ele e Machado de assim são feitas comparações, pois Lima Barreto assumia que era pobre e negro, sendo julgado pela sociedade, já Machado ao contrário.
Lima fazia duras críticas à sociedade da época, como quanto ao descaso do governo com os sertanejos, negros, mulatos, mulheres etc.
·         O Pré-modernismo também conta com a Poesia de Augusto dos Anjos, que era depressivo, usava de vocabulário forte e chocante.


sexta-feira, 7 de março de 2014

Residente à... ou residente na...

Residente à Rua Joana Sartóri.
As palavras residente, morador, situado e sua forma reduzida sito não admitem a preposição a
para ligar-se ao respectivo logradouro, mas, sim, a preposição locativa em. Não se diz, por
exemplo, que um imóvel está situado a Campinas, porém em Campinas. Veja os exemplos que
seguem:
O escritório, sito na Rua Filisbina, recebe seus clientes de segunda a sexta-feira.
O prédio está situado na Avenida Duque de Caxias.
Márcio, morador na Travessa Cotia, prestou depoimento ontem.
Resido na Alameda Tabajara.
A frase do topo escrita corretamente fica assim:

Residente na Rua Joana Sartóri.

Beringela ou berinjela

Beringela ou berinjela

As duas formas existem na língua portuguesa e estão corretas. A forma correta de escrita da palavra no português do Brasil é berinjela  Exemplos: 
Esta noite jantaremos lasanha de berinjela. 
Comprei dois quilos de berinjela no supermercado. 

Fique sabendo mais! 
Tal como a palavra berinjela, as palavras aberinjelar e aberinjelado, cognatas de berinjela, deverão ser escritas com j no Brasil.