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domingo, 9 de novembro de 2014

Pronomes VII

Pronomes Demonstrativos
 Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou discurso.
No espaço:
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala.
Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala.
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.

Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade.


Exemplos:

Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade destinatária).

Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que envia a mensagem).
No tempo:
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano presente.
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um passado próximo.
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um passado distante.

- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou invariáveis, observe:
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).
Invariáveis: isto,  isso, aquilo.
- Também aparecem como pronomes demonstrativos:
o (s), a (s)quando estiverem antecedendo o que e puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
Por exemplo:
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que te indiquei.)
mesmo (s), mesma (s):
Por exemplo:

Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
próprio (s), própria (s):
Por exemplo:
Os próprios alunos resolveram o problema.
semelhante (s):
Por exemplo:
Não compre semelhante livro.
tal, tais:
Por exemplo
Tal era a solução para o problema.

Pronomes VI


Pronomes Possessivos
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída).
Por exemplo: Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)
Observe o quadro:
NÚMEROPESSOAPRONOME
singularprimeirameu(s), minha(s)
singularsegundateu(s), tua(s)
singularterceiraseu(s), sua(s)
pluralprimeiranosso(s), nossa(s)
pluralsegundavosso(s), vossa(s)
pluralterceiraseu(s), sua(s)
Note que:
A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com o objeto possuído.
Por exemplo:
Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.
Observações:
1 - A forma seu não é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavra senhor.
Por exemplo:
- Muito obrigado, seu José.
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como:
a) indicar afetividade.
Por exemplo:
- Não faça isso, minha filha.
b) indicar cálculo aproximado.
Por exemplo:
Ele já deve ter seus 40 anos.
c) atribuir valor indefinido ao substantivo.
Por exemplo:
Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o pronome possessivo fica na 3ª pessoa.
Por exemplo:
Vossa Excelência trouxe sua mensagem?
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo.
Por exemplo:
Trouxe-me seus livros e anotações.
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de possessivo.
Por exemplo:
Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)

Pronome V

A Segunda Pessoa Indireta
A chamada segunda pessoa indireta se manifesta quando utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso interlocutor ( portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento, que podem ser observados no quadro seguinte:
Pronomes de Tratamento
Vossa Alteza   V. A.  príncipes, duques
Vossa EminênciaV. Ema.(s)cardeais
Vossa ReverendíssimaV. Revma.(s)sacerdotes e bispos
Vossa ExcelênciaV. Ex.ª (s)altas autoridades e oficiais-generais
Vossa MagnificênciaV. Mag.ª (s)reitores de universidades
Vossa MajestadeV. M.reis e rainhas
Vossa Majestade ImperialV. M. I.Imperadores
Vossa SantidadeV. S.Papa
Vossa SenhoriaV. S.ª (s)tratamento cerimonioso
Vossa OnipotênciaV. O.Deus
Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. "O senhor" e "a senhora" são empregados no tratamento cerimonioso; "você" "vocês", no tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português do Brasil; em algumas regiões , a forma tu é de uso frequente, em outras, é muito pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultra formal ou literária.
Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de tratamento que possuem "Vossa (s)"  são empregados em relação à pessoa com quem falamos.
Por exemplo:
Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.
 
Emprega-se "Sua (s)" quando se fala a respeito da pessoa.
 
Por Exemplo:
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.
- Os pronomes  de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
b) 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento se dirijam à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa.
Por exemplo:
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
c) Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de "você", não poderemos usar "te" ou "teu". O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.

Por exemplo:
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto)
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (correto)

Pronome IV

Pronome Oblíquo Tônico

Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por preposições, em geral as preposições aparade ecom. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica  forte.
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
- Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os pronomes costumam ser usados desta forma:
Não há mais nada entre mim e ti.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
Não há nenhuma acusação contra mim.
Não vá sem mim.
Atenção:
Há construções em que a preposição, apesar de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso reto.
Por exemplo:
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Não vá sem eu mandar.
- A combinação da preposição "com" e alguns pronomes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de companhia.
Por exemplo: Ele carregava o documento consigo.
- As formas "conosco" e "convosco" são substituídas por "com nós" e "com vós" quando os pronomes pessoais são reforçados por palavras como outrosmesmosprópriostodosambos ou algum numeral.
Por exemplo:
Você terá de viajar com nós todos.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
Ele disse que iria com nós três.

Pronome Reflexivo

São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo verbo.
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Por exemplo:
Eu não me vanglorio disso.
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.
Por exemplo:
Assim tu te prejudicas.
Conhece a ti mesmo.
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.
Por exemplo:
Guilherme já se preparou.
Ela deu a si um presente.
Antônio conversou consigo mesmo.
- 1ª pessoa do plural (nós): nos.
Por exemplo:
Lavamo-nos no rio.
- 2ª pessoa do plural (vós): vos.
Por exemplo:
Vós vos beneficiastes com a esta conquista.
Por exemplo:
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): sesi, consigo.
Por exemplo:
Eles se conheceram.
Elas deram a si um dia de folga.

Pronome III

Pronome Oblíquo Átono

São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição.
Possuem acentuação tônica  fraca.
Por exemplo:

Ele me deu um presente.
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me
- 2ª pessoa do singular (tu): te
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
- 1ª pessoa do plural (nós): nos
- 2ª pessoa do plural (vós): vos
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
Observações:
lhe é o único pronome oblíquo átono que já se apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união entre o pronome o ou a e preposição a ou para. Por acompanhar diretamente uma preposição, o pronome lhe exerce sempre a função de objeto indireto na oração.
Os pronomes metenos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos.
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos.
Saiba que:Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe  o uso dessas formas nos exemplos que seguem:
    - Trouxeste o pacote?- Não contaram a novidade a vocês?
    - Sim, entreguei-to ainda há pouco.- Não, não no-la contaram.
No português do Brasil, essas combinações não são usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro. 

Atenção:Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida.
Por exemplo:
fiz + o = fi-lo
fazeis + o = fazei-lo
dizer + a = dizê-la
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas.
Por exemplo:
viram + o: viram-no
repõe + os = repõe-nos
retém + a: retém-na
tem + as = tem-nas 

Pronomes II

Pronomes Pessoais

   São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume os pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu, vós, você ou vocês para designar a quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para fazer referência à pessoa ou às pessoas de quem fala.
   Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso oblíquo.
Pronome Reto
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
Por exemplo:
    Nós lhe ofertamos flores.
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular: eu
- 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela
- 1ª pessoa do plural: nós
- 2ª pessoa do plural: vós
- 3ª pessoa do plural: eles, elas
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais na língua-padrão. Frases como "Vi ele na rua" , "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até aqui", comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua", "Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui".
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto.
Por exemplo:
Fizemos boa viagem. (Nós)

Pronome Oblíquo

Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou  indireto) ou complemento nominal.
Por exemplo:
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica a função diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonosou tônicos.

Pronome I

 PRONOME
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de alguma forma.
Exemplos:
  1. A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
[substituição do nome]
  1. A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!
[referência ao nome]
  1. Essa moça morava nos meus sonhos!
[qualificação do nome]
Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes têm por função principal apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, os pronomes apresentam uma forma específica para cada pessoa do discurso.
Exemplos:
  1. Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
  1. Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala]
  1. A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala]
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em número (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através do pronome seja coerente em termos de gênero e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
Exemplos:
  1. [Fala-se de Roberta]
  2. Ele quer participar do desfile da nossa escola neste ano.
[nossa: pronome que qualifica "escola" = concordância adequada]
[neste: pronome que determina "ano" = concordância adequada]
[ele: pronome que faz referência à "Roberta" = concordância inadequada]
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.

SINTAXE

SINTAXE
DEFINIÇÃO
Sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a relação lógica das frases entre si. Ao emitir uma mensagem verbal, o emissor procura transmitir um significado completo e compreensível. Para isso, as palavras são relacionadas e combinadas entre si.  A sintaxe é um instrumento essencial para o manuseio satisfatório das múltiplas possibilidades que existem para combinar palavras e orações.
ÍNDICE
 
Análise Sintática
Frase
Tipos de Frases
Estrutura da Frase: Oração
Período: Período Simples, Período Composto
Objetivos da Análise Sintática / Estrutura de um Período / Termos da Oração
 
Termos Essenciais da Oração
Sujeito e Predicado / Posição do Sujeito na Oração
Classificação do Sujeito: Sujeito Determinado
Sujeito Indeterminado
Oração Sem Sujeito
Predicado
Predicação Verbal: Verbo Intransitivo, Verbo Transitivo, Verbo de Ligação
Classificação do Predicado: Predicado Verbal
Predicado Nominal / Predicativo do Sujeito
Predicado Verbo-Nominal / Estrutura do Predicado Verbo-Nominal
 
Termos Integrantes da Oração
Complementos Verbais: Objeto Direto
Objeto Indireto
Complemento Nominal / Agente da Passiva
 
Termos Acessórios da Oração
Sobre os Termos Acessórios
Adjunto Adverbial
Classificação do Adjunto Adverbial
Adjunto Adnominal / Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal
Aposto / Classificação do Aposto
Vocativo / Distinção entre Vocativo e Aposto
 
Período Composto
Coordenação e Subordinação
 
Coordenação
Período Composto por Coordenação
Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas: Aditivas, Adversativas
Alternativas, Conclusivas, Explicativas
 
Subordinação
Período Composto por Subordinação
Forma das Orações Subordinadas
Orações Subordinadas Substantivas
Classificação das Orações Subordinadas Substantivas: Subjetiva
Objetiva Direta / Orações Especiais
Objetiva Indireta, Completiva Nominal
Predicativa, Apositiva
Orações Subordinadas Adjetivas / Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas
Emprego e Função dos Pronomes Relativos : Pronome Relativo QUE
Pronome Relativo QUEM / Pronome Relativo CUJO (s), CUJA (s) / Pronome Relativo O QUAL, OS QUAIS, A QUAL, AS QUAIS
Pronome Relativo ONDE / Pronome Relativo QUANTO, COMO, QUANDO
Orações Subordinadas Adverbiais
Circunstâncias Expressas pelas Orações Subordinadas Adverbiais: Causa, Consequência, Condição
Concessão, Comparação
Conformidade, Finalidade, Proporção, Tempo
 
Coordenação e Subordinação
Período Composto por Coordenação e Subordinação
 
Orações Reduzidas
Sobre as Orações Reduzidas
Orações Reduzidas Fixas / Orações Reduzidas de Infinitivo
Orações Reduzidas de Gerúndio / Orações Reduzidas de Particípio
 
Estudo Complementar do Período Composto
Sobre o Período Composto
 
Sintaxe de Concordância
Concordância Verbal e Nominal / Concordância Verbal: Sujeito Simples, Casos Particulares I
Casos Particulares II
Casos Particulares III
Casos Particulares IV
Sujeito Composto / Casos Particulares I
Casos Particulares II
Outros Casos: O Verbo e a Palavra "SE"
O Verbo SER I
O Verbo SER II
O Verbo PARECER / A Expressão "Haja Vista"
Concordância Nominal
Casos Particulares
 
Sintaxe de Regência
Regência Verbal e Nominal / Regência Verbal
Verbos Intransitivos
Verbos Transitivos Diretos
Verbos Transitivos Indiretos
Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos I
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos II
Mudança de Transitividade versus Mudança de Significado I: AGRADAR, ASPIRAR, ASSISTIR
Mudança de Transitividade versus Mudança de Significado II: CHAMAR, CUSTAR, IMPLICAR
Mudança de Transitividade versus Mudança de Significado III: PROCEDER, QUERER, VISAR
Regência Nominal
 
Sintaxe de Colocação
Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos: Próclise I
Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos: Próclise II
Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos: Mesóclise / Ênclise
Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos nas Locuções Verbais
 
Emprego da Crase
Crase I
Crase II
Casos em que a crase SEMPRE ocorre
Crase diante de Nomes de Lugar / Crase diante de Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais / Crase com o Pronome Demonstrativo "a" / A Palavra Distância
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA

A estética de uma redação

A estética de uma redação:

Ao formar um plano de trabalho para escrever sua redação, você deve visualizar também a sua estética:
- Nunca comece uma redação com períodos longos. Basta fazer uma frase-núcleo que será a sua idéia geral a ser desenvolvida nos parágrafos que se seguirão;
- Nunca coloque uma expressão que desconheça, pois o erro de ortografia e acentuação é o que mais tira pontos em uma redação;
- Nunca coloque hífen onde não é necessário como em penta-campeão ou separação de sílabas erroneamente como ca-rro (isto só acontece em espanhol e estamos escrevendo na língua portuguesa);
- Nunca use gírias na redação, pois a dissertação é a explicação racional do que vai ser desenvolvido e uma gíria pode cortar totalmente a sequência do que vai ser desenvolvido além de ofender a norma culta da Língua Portuguesa;
- Nunca se esqueça dos pingos nos "is", pois bolinha não vale;
- Nunca coloque vírgulas onde não são necessárias (o que tem de erro de pontuação!);
- Nunca entregue uma redação sem verificar a separação silábica das palavras;
- Nunca comece a escrever sem estruturar o que vai passar para o papel;
- Tenha calma na hora de dissertar e sempre volte à frase-núcleo para orientar seus argumentos;
-Verifique sempre a estética: Parágrafo, acentuação, vocabulário, separação silábica e principalmente a pontuação que é a maior dificuldade de quem escreve e a maioria acha que é tão fácil pontuar!
- Respeite as margens do papel e procure sempre fazer uma letra constante sem diminuir a letra no final da redação para ganhar mais espaço ou aumentar para preencher espaço,
- A letra tem que ser visível e compreensível para quem lê;
- Prepare sempre um esquema lógico em cima da estrutura intrínseca e extrínseca;
- Não inicie nem termine uma redação com expressões do tipo: "... Eu acho... Parece ser... Acredito mesmo... Quem sabe..." mostra dúvidas em seus argumentos anteriores;
- Cuidado com "superlativos criativos" do tipo: "... mesmamente... apenasmente.". E de "neologismos incultos" do tipo: "...imexível... inconstitucionalizável...".

- Todos os parágrafos possuem o espaçamento devido  2cm ou 3cm e se todos estão na mesma altura.

- A paragrafação é fundamental, pois estabelece a estrutura visual que aponta para a divisão obrigatória do texto dissertativo: introdução, desenvolvimento e conclusão. - O mínimo de parágrafos proposto a uma dissertação é de três, um para cada parte do texto. Contudo, é bom seguir o mínimo de 15 linhas e máximo de 30, adotados pela maioria dos vestibulares. ·.- Não rasure! Contudo, caso aconteça, faça um risco em cima da palavra e coloque-a entre parênteses. 

 - A letra ela é o cartão de visita! Verifique se há alguma letra que não está legível! Não tenha você por base, coloque-se no papel de um leitor que nunca viu um texto seu e analise os termos que realmente podem causar equívocos! Se achar melhor, escreva em letra de fôrma, pois também é aceita em concursos. ·.

-Lembre-se que a sua redação  pode ser  anulada por não estar legível!

Forma de diagramação

             Forma de diagramação:

Os documentos do Padrão Oficial devem obedecer à seguinte forma de apresentação:
a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé;
b) para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;
c) é obrigatório constar a partir da segunda página o número da página;
d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares ("margem espelho");
e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda;
f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura;
g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;
h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor 
de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha em branco;
i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, 
relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a elegância e a sobriedade do documento;
j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações;
l) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm;
m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich Text nos documentos de texto;
n) dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto preservado para 
consulta posterior ou aproveitamento de trechos para casos análogos;
o) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira:
tipo do documento + número do documento + palavras-chaves do conteúdo
Exemplos: "Of. 123 - relatório produtividade ano 2010"

 


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Adjetivo


Adjetivo


Adjetivo é a classe gramatical que modifica um substantivo, atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de ser.

Um adjetivo normalmente exerce uma dentre três funções sintáticas na oração: Aposto explicativo, adjunto adnominal ou predicativo.

Os adjetivos podem ser

Adjetivo explicativo

É o adjetivo que denota qualidade essencial do ser, qualidade inerente, ou seja, qualidade que não pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, todo homem é mortal, todo fogo é quente, todo leite é branco, então mortal, quente e branco são adjetivos explicativos, em relação a homem, fogo e leite.

Adjetivo restritivo

É o adjetivo que denota qualidade adicionada ao ser, ou seja, qualidade que pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, nem todo homem é inteligente, nem todo fogo é alto, nem todo leite é enriquecido, então inteligente, alto e enriquecido são adjetivos restritivos, em relação a homem,

fogo e leite.

Obs.: Sempre que o adjetivo estiver imediatamente após o substantivo qualificado por ele, teremos o seguinte: Se ele for adjetivo explicativo, deverá estar entre vírgulas e funcionará sintaticamente como aposto explicativo; se for adjetivo restritivo, não poderá estar entre vírgulas e funcionará como adjunto adnominal.

Por exemplo: O homem, mortal, age como um ser imortal. Nessa frase, mortal é adjetivo explicativo, pois indica uma qualidade essencial do substantivo, por isso está entre vírgulas e sua função sintática é a de aposto explicativo.

Já na frase O homem inteligente lê mais. inteligente é adjetivo restritivo, pois indica uma qualidade adicionada ao substantivo, por isso não está entre vírgulas e sua função sintática é a de adjunto adnominal.

Perceba que inteligente, apesar de não ser essencial a todos os homens, é especificamente ao universo
de homens dos quais estamos falando. Caso o adjetivo restritivo esteja entre vírgulas, funcionará como
predicativo. Por exemplo: O diretor, preocupado, atendeu ao telefone.

Perceba que preocupado não é uma qualidade essencial a todos os homens nem o é ao diretor de quem estamos falando; o diretor possui a qualidade de preocupado apenas em um determinado momento - essa é a diferença entre o adjunto adnominal e o predicativo.

Orações Subordinadas Adjetivas

As orações subordinadas adjetivas são aquelas que funcionam como um adjetivo, modificando o substantivo. Sempre são iniciadas por um pronome relativo e podem ser denominadas de explicativas e de restritivas, tais quais os adjetivos.

Oração Subordinada Adjetiva Explicativa

É a oração que funciona como o adjetivo explicativo, ou seja, denota uma qualidade essencial do substantivo, deve estar entre vírgulas e funciona como aposto explicativo. Por exemplo: O homem, que é mortal, age como um ser imortal.

Há outra oração que funciona como aposto explicativo: a oração subordinada substantiva apositiva . A diferença é que esta não explica o significado do substantivo anterior, mas sim o contexto da frase anterior. Por exemplo, a frase Todos temos conhecimento de uma verdade: que o Brasil é o maior país da América do Sul. possui uma oração subordinada substantiva apositiva (que o Brasil é o maior país da América do Sul), que explica o contexto da frase anterior, e não o significado da palavra verdade.

Oração Subordinada Adjetiva Restritiva

É a oração que funciona como o adjetivo restritivo, ou seja, denota uma qualidade adicionada ao substantivo, não pode estar entre vírgulas e funciona como adjunto adnominal. Por exemplo: O homem que é inteligente lê mais. O nome restritivo se deve ao fato de que a oração restringe o significado do substantivo anterior, ou seja, a oração apresentada significa que apenas os homens que são inteligentes lêem mais, os outros não. É assim que se comprova a existência de uma oração subordinada adjetiva restritiva: usando a expressão somente... ,os outros não.

Adjetivo Pátrio

É o adjetivo que Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles:

Estados e cidades brasileiros:

Acre = acreano Alagoas = alagoano Amapá = amapaense
Aracaju = aracajuano ou aracajuense Amazonas = amazonense ou baré Belém (PA) = belenense
Belo Horizonte = belo-horizontino
Boa Vista = boa-vistense
Brasília = brasiliense
Cabo Frio = cabo-friense
Campinas = campineiro ou campinense
Curitiba = curitibano
Espírito Santo = espírito-santense ou capixaba
Fernando de Noronha = noronhense Florianópolis = florianopolitano Fortaleza = fortalense
Goiânia = goianiense
João Pessoa = pessoense
Macapá = macapaense
Maceió = maceioense Manaus = manauense Maranhão = maranhense Marajó = marajoara
Natal = natalense ou papa-jerimum
Porto Alegre = porto-alegrense
Porto Velho = porto-velhense
Ribeirão Preto = ribeiropretense
Rio de Janeiro (estado) = fluminense
Rio de Janeiro (cidade) = carioca
Rio Branco = rio-branquense
Rio Grande do Norte = rio-grandense-do-norte, norte-rio-grandense ou potiguar Rio Grande do Sul = rio-grandense-do-sul, sul-rio-grandense ou gaúcho. Rondônia = rondoniano
Roraima = roraimense
Salvador (BA) = salvadorense ou soteropolitano
Santa Catarina = catarinense, catarineta ou barriga-verde
Santarém = santarense
São Paulo (estado) = paulista
São Paulo (cidade) = paulistano
Sergipe = sergipano Teresina = teresinense Tocantins = tocantinense

Países
Croácia = croata
Costa Rica= costa-riquense
Curdistão = curdo
Estados Unidos = estadunidense, norte-americano ou ianque. El Salvador = salvadorenho
Guatemala = guatemalteco
Índia = indiano ou hindu (os que professam o hinduísmo) Irã = iraniano
Israel = israelense ou israelita Moçambique = moçambicano Mongólia = mongol ou mongólico
Panamá = panamenho
Porto Rico = porto-riquenho
Somália = somali

Adjetivos pátrios compostos

Na formação de adjetivos pátrios compostos, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita. Observe alguns exemplos:

África = afro- / Cultura afro-americana
Alemanha = germano- ou teuto- / Competições teuto-inglesas
América = américo- / Companhia américo-africana
Ásia = ásio- / Encontros ásio-europeus
Áustria = austro- / Peças austro-búlgaras
Bélgica = belgo- / Acampamentos belgo-franceses
China = sino- / Acordos sino-japoneses
Espanha = hispano- / Mercado hispano-português
Europa = euro- / Negociações euro-americanas
França = franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas
Grécia = greco- / Filmes greco-romanos Índia = indo- / Guerras indo-paquistanesas Inglaterra = anglo- / Letras anglo-portuguesas Itália = ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa Japão = nipo- / Associações nipo-brasileiras Portugal = luso- / Acordos luso-brasileiros

Locução Adjetiva

Em muitos casos, prefere-se usar, no lugar de um adjetivo, uma expressão formada por mais de uma palavra para caracterizar o substantivo. Essa expressão, que tem o mesmo valor e o mesmo sentido de um adjetivo, recebe o nome de locução adjetiva. Observe alguns exemplos:
de águia = aquilino de aluno = discente de anjo = angelical de ano = anual
de aranha = aracnídeo
de asno = asinino
de baço = esplênico de bispo = episcopal de bode = hircino
de boi = bovino
de bronze = brônzeo ou êneo
de cabelo = capilar
de cabra = caprino
de campo = campestre ou rural
de cão = canino
de carneiro = arietino
de cavalo = cavalar, eqüino, eqüídio ou hípico
de chumbo = plúmbeo
de chuva = pluvial
de cinza = cinéreo
de coelho = cunicular
de cobre = cúprico
de couro = coriáceo de criança = pueril de dedo = digital
de diamante = diamantino ou adamantino
de elefante = elefantino
de enxofre = sulfúrico
de esmeralda = esmeraldino
de estômago = estomacal ou gástrico
de falcão = falconídeo
de farinha = farináceo
de fera = ferino
de ferro = férreo
de fígado = figadal ou hepático
de fogo = ígneo
de gafanhoto = acrídeo de garganta = gutural de gelo = glacial
de gesso = gípseo
de guerra = bélico
de homem = viril ou humano
de ilha = insular
de intestino = celíaco ou entérico de inverno = hibernal ou invernal de lago = lacustre
de laringe = laríngeo
de leão = leonino
de lebre = leporino
de lobo = lupino
de lua = lunar ou selênico
de macaco = simiesco, símio ou macacal
de madeira = lígneo
de marfim = ebúrneo ou ebóreo

de mestre = magistral
de monge = monacal
de neve = níveo ou nival
de nuca = occipital
de orelha = auricular
de ouro = áureo
de ovelha = ovino
de paixão = passional
de pâncreas = pancreático
de pato = anserino
de peixe = písceo ou ictíaco
de pombo = columbino
de porco = suíno ou porcino
de prata = argênteo ou argírico
dos quadris = ciático
de raposa = vulpino
de rio = fluvial
de serpente = viperino
de sonho = onírico
de terra = telúrico, terrestre ou terreno
de trigo = tritício
de urso = ursino
de vaca = vacum de velho = senil de vento = eólico de verão = estival
de vidro = vítreo ou hialino
de virilha = inguinal
de visão = óptico ou ótico

Flexões do Adjetivo
Gênero e Número
O adjetivo concorda com o substantivo a que se refere em gênero e número (masculino e feminino; singular e plural). Caso o adjetivo seja representado por um substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva e passará a ser denominado de substantivo adjetivado. Por exemplo, a palavra cinza é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então invariável. Camisas cinza, ternos cinza.  Ex.
Carros amarelos e motos vinho. Telhados marrons e paredes musgo. Espetáculos gigantescos e comícios monstro.
Adjetivo composto
Com raras exceções, o adjetivo composto tem seus elementos ligados por hífen. Apenas o último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo, a palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará invariável. Camisas rosa-claro. Ternos rosa-claro.Ex.  Olhos verde-claros.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis.
Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os dois elementos flexionados.


Graus do Adjetivo
Comparativo  compara uma qualidade entre dois elementos ou duas qualidade de um mesmo elemento. São três os comparativos:
de superioridade: Para alguns alunos, Português é mais fácil que Química.
de igualdade: Para alguns alunos, Português é tão fácil quanto Química.
de inferioridade: Para alguns alunos, Português é menos fácil que Química.
Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, devem-se usar as formas
analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno. Por exemplo, Pedro é maior do que
Paulo, pois está-se fazendo a comparação de dois elementos, mas Pedro é mais grande que pequeno, pois está-se fazendo a comparação de duas qualidades de um mesmo elemento.
Ex. Edmundo foi condenado, mas tenho certeza de que ele é mais bom do que mau.
Joaquim é mais bom do que esperto.

Superlativo    - Engrandece a qualidade de um elemento. São dois os superlativos de um adjetivo:

Superlativo absoluto

analítico = o adjetivo é modificado por um advérbio: Ex. Carla é muito inteligente.
sintético = quando há o acréscimo de um sufixo (-íssimo, -érrimo, -ílimo)
Ex. Carla é inteligentíssima.

Superlativos absolutos sintéticos eruditos
Alguns adjetivos no grau superlativo absoluto sintético apresentam a primitiva forma latina, daí serem chamados de eruditos. Por exemplo, o adjetivo magro possui dois superlativos absolutos sintéticos: o normal, magríssimo, e o erudito, macérrimo.

Eis uma pequena lista de superlativos absolutos sintéticos:
benéfico = beneficentíssimo bom = boníssimo ou ótimo célebre = celebérrimo comum = comuníssimo
cruel = crudelíssimo difícil = dificílimo doce = dulcíssimo
fácil = facílimo fiel = fidelíssimo frágil = fragílimo
frio = friíssimo ou frigidíssimo
humilde = humílimo jovem = juveníssimo livre = libérrimo
magnífico = magnificentíssimo magro = macérrimo ou magríssimo manso = mansuetíssimo
mau = péssimo nobre = nobilíssimo pequeno = mínimo
pobre = paupérrimo ou pobríssimo
preguiçoso = pigérrimo próspero = prospérrimo sábio = sapientíssimos
agrado = sacratíssimo

Superlativo relativo  de superioridade = Enaltece a qualidade do substantivo como "o mais" dentre todos os outros. Ex. Carla é a mais inteligente.
sintético = Enaltece a qualidade do substantivo como "o menos" dentre todos os outros. Ex. Carla é a menos inteligente.


Exercícios

1- "(...) No fundo o imponente castelo. No primeiro plano a íngreme ladeira que conduz ao castelo. Descendo a ladeira numa disparada louca o fogoso ginete.
Montado no ginete o apaixonado caçula do castelão inimigo de capacete prateado com plumas brancas. E
atravessada no ginete a formosa donzela desmaiada entregando ao vento os cabelos cor de carambola." (A. de Alcântara Machado, Carmela).
“(...) íamos, se não me engano, pela rua das Mangueiras, quando voltando-nos, vimos um carro elegante
que levavam a trote largo dois fogosos cavalos. Uma encantadora menina, sentada ao lado de uma senhora idosa, se recostava preguiçosamente sobre o macio estofo e deixava pender pela cobertura
derreada do carro a mão pequena que brincava com um leque de penas escarlates." José de Alencar, Lucíola).

Nesses excertos, observa-se que a maioria dos substantivos são modificados por adjetivos ou expressões equivalentes.
Comparando os dois textos:
a) aponte em cada um deles o efeito produzido por tal recurso lingüístico b) justifique sua resposta.

2- "Os homens são os melhores fregueses" - os melhores encontra-se no grau:
a) comparativo de superioridade.
b) superlativo relativo de superioridade. c) superlativo absoluto sintético.
d) superlativo absoluto analítico de superioridade.

3- O desagradável da questão era vê-lo de mau humor depois da troca de turno. Na frase acima, as palavras destacadas comportam-se, respectivamente, como:
a) substantivo, adjetivo, substantivo. b) adjetivo, advérbio, verbo.
c) substantivo, adjetivo, verbo.
d) substantivo, advérbio, substantivo. e) adjetivo, adjetivo, verbo.

4- Em algumas gramáticas, o adjetivo vem definido como sendo “a palavra que modifica o substantivo". Assinale a alternativa em que o adjetivo destacado contraria a definição.
a) Li um livro lindo.
b) Beber água é saudável. c) Cerveja gelada faz mal.
d) Gente fina é outra coisa!
e) Ele parece uma pessoa simpática.

5- Indique a alternativa em que não é atribuída a idéia de superlativo ao adjetivo. a) É uma idéia agradabilíssima.
b) Era um rapaz alto, alto, alto.
c) Saí de Iá hipersatisfeito.
d) Almocei tremendamente bem.
e) É uma moça assustadoramente alta.

6- Siga o modelo: modificação da paisagem – modificação paisagística
a) água da chuva
b) exageros da paixão
c) atitudes de criança
d) soro contra veneno de serpente

7- Dê o superlativo absoluto sintético de:
a) feliz b) livre

8- Faça conforme o modelo: alma de fora – alma exterior
a) imagem do espelho
b) parede de vidro
c) imposição da lei
d) comprimento da linha

9- Dê os adjetivos equivalentes às expressões em destaque. a) programa da tarde
b) ciclo da vida
c) representante dos alunos

10- Passe para o plural. a) borboleta azul-clara
b) borboleta cor-de-laranja

11- Dadas as afirmações de que os adjetivos correspondentes aos substantivos:
1. enxofre
2. chumbo
3. prata
São, respectivamente,
1. sulfúreo 2. plúmbeo 3. argênteo Verificamos que está (estão) correta(s): a) apenas a afirmação 1 .
b) apenas a afirmação 2. c) apenas a afirmação 3.
d) apenas as afirmações 1 e 2.
e) todas as afirmações.

12- Relacione a primeira coluna à segunda. (1) água ( ) pluvial
(2) chuva ( ) ebúrneo
(3) gato ( ) felino
(4) marfim ( ) aquilino
(5) prata ( ) argênteo
(6) rio
(7) não consta da lista
A seqüência correta é:
a) 7, 7, 3, 1,;7.
b) 6, 3, 7, 1,4. c) 2, 4, 3, 7, 5. d) 2, 4, 7, 1, 7.

13- Os superlativos absolutos sintéticos de comum, soberbo, fiel, miúdo são, respectivamente:
a) comuníssimo, super, fielísimo, minúsculo. b)comuníssimo, sobérrimo, fidelíssimo, minúsculo.
c) comuníssimo, superbíssimo, fidelíssimo, minutíssimo. d) comunérrimo, sobérrimo, fidelíssimo, miudérrimo.
e) comunérrimo, sobérrimo, fielíssimo, minutissimo.

14- Os adjetivos Iígneo, gípseo, níveo, braquial significam, respectivamente:
a) lenhoso, feito de gesso, alvo, relativo ao braço.
b) lenhoso, feito de gesso, nivelado, relativo ao crânio. c) lenhoso, rotativo, abalizado, relativo ao crânio.
d) associado, rotativo, nivelado, relativo ao braço.
e) associado, feito de gesso, abalizado, relativo ao crânio.

15- Aponte a alternativa incorreta quanto à correspondência entre a locução e o adjetivo. a) glacial (de gelo); ósseo (de osso)
b) fraternal (de irmão); argênteo (de prata)
c) farináceo (de farinha); pétreo (de pedra)
d) viperino (de vespa); ocular (de olho)
e) ebúrneo (de marfim); insípida (sem sabor)

16- O plural de terno azul-claro, terno verde-mar é, respectivamente:
a) ternos azuis-claros, ternos verdes-mares. b) ternos azuis-claros, ternos verde-mares.
c) ternos azul-claro, ternos verde-mar.
d) ternos azul-claros, ternos verde-mar. e) ternos azuis-claro, ternos verde-mar.

17- Marque:
a) se I e II forem verdadeiras b) se I e III forem verdadeiras
c) se II e III forem verdadeiras
d) se todas forem verdadeiras e) se todas forem falsas
"... eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor..."
I. No primeiro caso, autor é substantivo; defunto é adjetivo. II. No segundo caso, defunto é substantivo; autor é adjetivo.
III. Em ambos os casos, tem-se um substantivo composto.

18- Assinale a alternativa em que o termo cego(s) é um adjetivo.
a) "Os cegos, habitantes de um mundo esquemático, sabem aonde ir..."
b) "O cego de Ipanema representava naquele momento todas as alegorias da noite escura da alma..." c) "Todos os cálculos do cego se desfaziam na turbulência do álcool."
d) "Naquele instante era só um pobre cego."
e) "... da Terra que é um globo cego girando no caos."

19- Observe as proposições abaixo:
O1.Poucos autores escrevem poemas herói-cômicos.
02. Os cabelos castanhos-escuros emolduravam-lhe o semblante juvenil.
04. Vestidos vermelhos e amarelo-laranja foram os mais vendidos na exposição.
08. As crianças surdo-mudas foram encaminhadas à clinica para tratamento.
16. Discutiu-se muito a respeito de ciências político-sociais na última assembléia dos professores.
32. As sociedades luso-brasileira adquiriram novos livros de autores portugueses. Marque as frases corretas e some os valores que lhes são atribuídos.

20- O adjetivo está mal flexionado em grau em:
a) livre: libérrimo
b) magro: macérrimo c) doce: docílimo
d) triste: tristíssimo
e) fácil: facílimo

21- Sigao exemplo:
Não chame a torre de alta, mas de altíssima. Não considero sua atitude nobre, mas (*).

22- No trecho "... o homem não fala simplesmente uma língua, não a usa, como mero instrumento de comunicação...", o termo sublinhado é um:
a) substantivo e significa "simples".
b) advérbio e significa "genuíno". c) adjetivo e significa "quase".
d) advérbio e significa ''estreme".
e) adjetivo e significa "puro".

23- Assinale a alternativa em que ambos os adjetivos não se flexionam em gênero. a) elemento motor, tratamento médico-dentário
b) esforço vão, pasçeio matinal
c) juiz arrogante, sentimento fraterno d) cientista hindu, homem célebre
e) costume andaluz, manual Iúdico-instrutivo

24- Das frases abaixo, apenas uma apresenta adjetivo no comparativo de superioridade, assinale-a. a) A palmeira é a mais alta árvore deste lugar.
b) Guardei as melhores recordações daquele dia, c) A Lua é menor do que a Terra.
d) Ele é o maior aluno de sua turma.
e) O mais alegre dentre os colegas era Ricardo.

25- Dê o grau normal dos superlativos:
a) macérrimo b) tetérrimo
c) minutíssimo
d) personalíssimo e) feracíssimo

26- Relativamente à concordância dos adjetivos compostos indicativos de cor, uma, dentre as seguintes alternativas, está errada. Qual?
a) saia amarelo-ouro b) papel amarelo-ouro
c) caixa vermelho-sangue d) caixa vermelha-sangue e) caixas vermelho-sangue

RESPOSTAS

1. a) Por se tratar de textos narrativos, a adjetivação tem caráter descritivo e não argumentativo. E ambos os textos, nota-se uma caracterização enaltecedora, que desenha um quadro idealizado cujos elementos se aproximam da perfeição. No segundo texto, essa construção é o objetivo do escritor; no primeiro, o escritor faz referência a certo tipo de escrito em que os elementos apresentados são sempre os mesmos – sempre idealizados, sempre caracterizado pelos mesmos adjetivos.
b) Deve-se notar o uso dos artigos definidos no primeiro texto que substantivam as expressões a que se referem – não é um castelo, é o “imponente castelo” das típicas histórias românticas. Esse
tratamento permite perceber que o primeiro texto é metalinguístico.
2. b
3. a
4. b
5. d
6. a) pluvial b)passionais
c) infantis, pueris
d) antiofídico
7. a) felicíssimo b) libérrimo
8. a) especular b) vítrea
c) legal d) linear
9. a) vespertino
b) vital
c) discente
10. a) borboletas azul-claras
b) Borboletas cor-de-laranja
11. e
12. c
13. c
14. a
15. d
16. d
17. a
18. e
19. 01+04+16=21
20. c
21. nobilíssima
22. e
23. d
24. c
25. a) magro
b) tetro (tétrico)
c) miúdo d) pessoal
e) feraz ( fértil, fecundo)
26. d