Postagens populares

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Curiosidades sobre Machado de Assis

Machado de Assis é, sem dúvida, o maior escritor que o Brasil já teve. Sua obra é vasta, abrangendo crônicas, poemas e romances. Personagens mais famosos? Brás Cubas, Quincas Borba, Bentinho e Capitu. Livros mais vendidos? Difícil citar um, mas eu destacaria o imperdível (e subliminarmente irônico) Memórias Póstumas de Brás Cubas e o intrigante Dom Casmurro.
Nas próximas linhas, você terá acesso a algumas curiosidades sobre Machado de Assis, sua vida e sua obra.

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, na cidade do Rio de Janeiro. O futuro escritor foi batizado na mesma igreja onde seus pais casaram.

O pai de Machado de Assis era um descendente de escravos que trabalhava como pintor de paredes. A mãe, portuguesa de Açores, faleceu quando Machado tinha 10 anos. Sua única irmã morreu vítima de sarampo com sete anos de idade. 

Segundo seus biógrafos, Machado não teve educação formal. Para ajudar a família, trabalhou como engraxate e como vendedor de balas e doces. 

O escritor era influente em francês, língua que aprendeu com um padeiro. O alemão e o inglês Machado aprendeu estudando sozinho.

A caligrafia do escritor era tão ruim que, às vezes, até ele tinha dificuldade de entender o que escrevia.

Machado de Assis tinha epilepsia. Além disso, o autor de Iáiá Garcia e Dom Casmurro, entre outras obras, era gago.

Aos 17 anos, Machado passou a trabalhar na Tipografia Nacional onde, ao ser flagrado lendo escondido, quase foi demitido.

O primeiro poema de Machado de Assis chama-se Ela, e foi publicado em 1855 na revista Marmota Fluminense. Na época, o jovem Machado contava 15 anos.

O primeiro conto publicado em uma revista saiu em 1858, quando Machado tinha 19 anos. O conto se chamava Três Tesouros Perdidos e foi publicado em uma revista literária chamada Marmota Fluminense. 

O primeiro livro publicado por Machado de Assis foi Crisálidas, de poemas. Na época, Machado contava 35 anos de idade. O primeiro livro de contos – cujo título era Contos Fluminenses -, saiu no ano seguinte.

Carolina Machado, a esposa do escritor, era quatro anos mais velha que ele. O casamento só terminou depois de 35 anos, com a morte de Carolina. Dizem que era ela quem revisava os textos de Machado. 

Como era comum na época, Memórias Póstumas de Brás Cubas foi publicado em folhetins e só mais tarde lançado em livro. 

Ao longo de sua carreira, Machado de Assis usou 21 pseudônimos. Na revista A Semana Ilustrada, usava o pseudônimo de Dr. Semana. 

A obra de Machado de Assis tendia, no início para o Romantismo (como no caso de Helena). Mais tarde, ele abraçou o Realismo (como em Dom Casmurro).

Os principais romances de Machado de Assis são: Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Helena, Quincas Borba, Esaú e Jacó, Memorial de Aires, Iaiá Garcia e A Mão e a Luva.

O jogo predileto de Machado de Assis era o xadrez. Ele participou do primeiro campeonato de xadrez disputado no Brasil. As peças usadas pelo escritor estão até hoje em exposição da ABL – Academia Brasileira de Letras.

A Academia Brasileira de Letras teve Machado de Assis como um de seus fundadores. Ao invés de ocupar a cadeira número 1, ele ficou com a 23. O patrono da cadeira número 1 foi o escritor cearense José de Alencar. 

Machado era amigo de Mário de Alencar, filho do escritor cearense José de Alencar.

Machado escreveu em vários jornais e revistas de sua época, entre os quais A Semana Ilustrada, Diário do Rio de Janeiro, Jornal das Famílias, Revista da Semana, Correio Mercantil e O Espelho.

Apesar de ser conhecido apenas como romancista e cronista, Machado era poeta e dramaturgo, chegando a escrever nove peças de teatro entre 1860 e 1906.

No total, ele escreveu sete livros de contos, cinco de poesia, nove de teatro e nove romances. 

Em 1878, o escritor foi obrigado a passar uma temporada na cidade de Nova Friburgo para se tratar de uma infecção nos olhos.

Segundo alguns biógrafos, as últimas palavras de Machado de Assis antes de morrer foram: “A vida é boa”. 

O discurso da cerimônia fúnebre de Machado de Assis foi feito por Rui Barbosa.

Machado foi sepultado no cemitério São João Batista em 1908, mas seus restos mortais foram transferidos para a sede da Academia Brasileira de Letras em 1999.

Erros do dia a dia

Ainda que esses erros se situem nas mais diversas camadas da língua, em virtude de a Gramática Normativa não se basear nas situações de fala, é possível determinar alguns tipos que costumam ocorrer com mais freqüência, tomando sempre por base a língua escrita.
1. Erros de grafia: ocorrem nas mais diversas construções. Exemplo:
Comprei três quilos de mortandela. (mortadela)
Os partidos vivem a degladiar entre si. (digladiar)
O garoto foi pego roubando salchichas. Porisso, não deixe que tome conta do açougue. (salsichas / Por isso)
2. Erros de impropriedade vocabular: ocorrem quando se usa uma palavra em lugar de outra por falsa associação de sentido entre elas. Exemplo:
As lâmpadas florescentes são mais econômicas. (fluorescentes)
O criminoso foi pego em fragrante. (flagrante)
O negro tem sido muito descriminado neste país. (discriminado)
3. Erros de acentuação gráfica - ocorrem por dois motivos:
* Por desconhecimento das normas ortográficas vigentes. Exemplo:
Comprei na loja de conveniência vários ítens. (itens – sem acento)
* Por desconhecimento da posição correta da sílaba tônica. Exemplo:
As rúbricas dos documentos eram falsas. (rubrica – paroxítona)
4. Erros no emprego da crase – ocorrem por dois motivos:
* Omitindo-se o acento em situações em que ocorre a crase. Exemplo:
O Projeto Mesa Brasil está promovendo uma campanha de ajuda as crianças vítimas da seca. (ajuda a quem? Às vítimas da seca)
* Colocando o acento onde não ocorreu a crase. Exemplo:
Enviamos à V. Sª. o resultado das avaliações. (Vossa não admite artigo antes, portanto, o correto seria “a V. Sª.)
5. Erros de emprego dos pronomes: uso de um pronome com função de sujeito no lugar de um pronome com função de objeto e vice-versa.
Comprei este lindo relógio para mim usar no casamento. (para eu usar)
Comprei este lindo relógio para eu. (para mim)
6. Erros de emprego de verbos - ocorrem em três casos:
* Na conjugação verbal. Exemplo:
A polícia militar não interviu a tempo de evitar o assassinato. (verbo intervir – composto: inter / vir – passado de vir, ele veio. Então o passado de intervir é interveio)
* No tempo verbal. Exemplo:
Encontrei Alice no mesmo lugar que, anos antes, recebeu-me. (recebera)
* No modo verbal. Exemplo:
Não estou certa de que essa decisão satisfaz a todos. (satisfaça)
7. Erros de morfologia em substantivos e adjetivos – ocorrem em dois casos:
* No plural dos nomes compostos. Exemplo:
Os dois páras-choques dos carros foram atingindo na colisão. (pára – verbo parar – não vai para o plural. O correto seria “pára-choques”)
* No uso do gênero dos substantivos. Exemplo:
Mandei Larissa comprar uma guaraná na bodega. (um guaraná – palavra masculina)
8. Erros de regência verbal. Exemplos:
As madeireiras estão visando o mercado externo. (visar, no sentido de ter em vista, pede preposição “a”. O correto seria “visando ao mercado”)
As crianças assistiam o desenho na televisão. (Assistir, no sentido de ver, presenciar, pede preposição “a”. O correto seria “assistiam ao desenho”)
9. Erros de concordância verbal e nominal. Exemplos:
Vamos esperar que V. Sª. manifeste vossa escolha. (o pronome de tratamento sempre concorda com a 3ª pessoa dos pronomes. O correto seria sua escolha)
Poderá ainda acontecer mais incentivos como esses. (Mais incentivos poderão acontecer)
10. Erros de colocação pronominal. Exemplo:
Enviaremos até a próxima semana os pedidos que encomendaram-nos. (nos encomendaram)

Os Dez erros mais graves

Os Dez erros mais graves
Alguns erros revelam maior desconhecimento da língua que outros. Os dez abaixo estão nessa situação.
- Quando "estiver" voltado da Europa. Nunca confunda tiver e tivesse com estiver e estivesse. Assim: Quanto tiver voltado da Europa. / Quando estiver satisfeito. / Se tivesse saído mais cedo. / Se estivesse em condições.
2 - Que "seje" feliz. O subjuntivo de ser e estar é seja e esteja: Que seja feliz. / Que esteja (e nunca "esteje") alerta.
- Ele é "de menor". O de não existe: Ele é menor.
4 - A gente "fomos" embora. Concordância normal: A gente foi embora. E também: O pessoal chegou (e nunca "chegaram"). / A turma falou.
- De "formas" que. Locuções desse tipo não têm s: De forma que, de maneira que, de modo que, etc.
6 - Fiquei fora de "si". Os pronomes combinam entre si: Fiquei fora de mim. / Ele ficou fora de si. / Ficamos fora de nós. / Ficaram fora de si.
7 - Acredito "de" que. Não use o de antes de qualquer que: Acredito que, penso que, julgo que, disse que, revelou que, creio que, espero que, etc.
- Fale alto porque ele "houve" mal. A confusão está-se tornando muito comum. O certo é: Fale alto porque ele ouve mal. Houve é forma de haver: Houve muita chuva esta semana.
- Ela veio, "mais" você, não. É mas, conjunção, que indica ressalva, restrição: Ela veio, mas você, não.
10 - Fale sem "exitar". Escreva certo: hesitar. Veja outros erros de grafia e entre parênteses a forma correta: "areoporto" (aeroporto), "metereologia" (meteorologia), "deiche" (deixe), enchergar (enxergar), "exiga" (exija). E nunca troque menos por "menas", verdadeiro absurdo lingüístico.
Por: Manual de Redação Online do O Estado de S. Paulo: